Nem todos os processos seletivos exigem que o candidato apresente uma carta de recomendação, porém, mesmo nestes casos, ela poderá ser o grande diferencial entre você e os demais candidatos à vaga.
Em um mercado de trabalho exigente e com vagas bastante concorridas, são exigidas diversas habilidades e competências que complementem a equipe da empresa que está procurando por um novo colaborador.
Ao montar o currículo, é natural expor todas as experiências, mas geralmente diversas qualidades de atitude profissional ficam de fora, isso por que não podem ser atestadas por algum certificado ou documento similar. E por que não buscar meios para comprovar estas competências também?
É neste momento que a carta de recomendação profissional mostra sua relevância, pois com ela as pessoas que já trabalharam com você e conhecem o seu potencial podem lhe ajudar a mostrar isso para o seu próximo empregador.
Confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre a carta de recomendação profissional e por que ela é um diferencial nas seleções.
A carta de recomendação é uma declaração escrita, feita por alguma autoridade ou colega de experiências anteriores, com o objetivo de relatar as competências profissionais, realizações e a integridade de uma pessoa nas atividades passadas, com o objetivo de influenciar processos seletivos futuros.
Em outras palavras, esta autoridade está dando a palavra referente ao desempenho da pessoa que está sendo recomendada. Trata-se de ter o apoio de uma pessoa de referência para dar credibilidade e reforçar as suas realizações e conquistas.
Normalmente, o documento é produzido sob demanda e, em alguns casos, poderá ser obrigatório para a participação em determinado processo seletivo. Em outros casos, facultativo, ou seja, opcional. Contudo, o mais comum é que as cartas de recomendação sejam solicitadas somente ao finalista do processo.
Vale ressaltar que isto não se trata de uma exclusividade das vagas de emprego, geralmente, as pós-graduações stricto sensu (mestrado e doutorado) e os programas de intercâmbio exigem carta de recomendação.
Para tentar entender por que a carta de recomendação profissional é importante para um processo seletivo, faça o exercício de se colocar no papel do recrutador.
Ao selecionar, o profissional recrutador terá de encontrar um candidato não apenas com competências técnicas, mas também com comportamentos e atitudes compatíveis à necessidade da empresa.
O erro na escolha do candidato irá ocasionar custos, como despesa com demissão, nova contratação, treinamentos, entre outros, o que irá prejudicar o desempenho da área de Recursos Humanos.
Por isso, quando há muitos interessados em uma vaga, é comum que sejam criados filtros para identificar o candidato ideal. É neste momento que todos os diferenciais contam!
Pense que as técnicas e ferramentas de elaboração de um currículo são bem acessíveis, e, por isso, muitas das informações que constam no documento irão ser usadas pela grande maioria dos candidatos.
É por isso que certificar uma experiência ou o seu desempenho em atividades anteriores começa a criar um diferencial entre você e os demais.
Portanto, a carta de recomendação de emprego é um excelente instrumento para se diferenciar e tomar emprestado um pouco da autoridade de um profissional mais experiente. Com ela em mãos, o recrutador se sentirá mais seguro para oferecer uma oportunidade.
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Se o processo seletivo não estabelecer regras específicas, você pode solicitar a carta para o seu antigo chefe ou coordenador, a um professor ou a um orientador acadêmico e, até mesmo, a algum colega de escola que tenha participado de alguma produção científica ou desenvolvido um trabalho importante ao seu lado.
No entanto, é importante considerar duas questões acerca da pessoa escolhida para a solicitação: a primeira é que de fato seja um diferencial; a segunda é que a área de atuação deste profissional seja condizente com as atividades objeto do processo do candidato.
Por exemplo, enquanto o professor pode atestar o conhecimento e a disciplina demonstrada em sala de aula, o ex-colega falará sobre a convivência e colaboração no período de empresa.
Confira algumas sugestões de profissionais para a solicitação da carta de recomendação profissional:
Sendo assim, pense com calma na pessoa que vai abordar e no seu nível de intimidade com ela para, depois, decidir como fazer o pedido: pessoalmente, por telefone ou por e-mail, por exemplo.
Independentemente do meio escolhido, ao entrar em contato, fale que sua intenção é ter apoio para uma recolocação profissional e ressalte o prazer que teve ao longo da experiência que vocês compartilharam.
Além disso, não se esqueça que se trata de um favor, então caso a pessoa recuse, seja gentil e compreensivo.
Da mesma forma, se a pessoa se dispuser a escrever, ofereça para buscar, agradeça pessoalmente e, ao conseguir o emprego almejado, lembre-se de escrever ou ligar para contar e reiterar os agradecimentos.
Ao solicitar a carta de recomendação é preciso estar atento a alguns requisitos básicos para a elaboração, sendo de bom tom orientar a pessoa que está fazendo a recomendação, sobre estes requisitos.
Como já se trata de uma gentileza da outra parte, garanta que o processo seja o mais simplificado possível, preste auxílio no que for necessário e evite o retrabalho.
O modelo de carta de recomendação tem uma estrutura bastante simples. Entenda quais os pontos que não podem ficar de lado na hora da construção:
Além disso, na hora de solicitar a carta de recomendação, certos cuidados podem deixar a pessoa mais à vontade para fornecer o documento. Confira:
Alfredo Bottone é consultor de RH Estratégico, Direito do Trabalho e Ética Empresarial. Formado em Matemática, Direito e Phd em Business, pela Flórida Christian University (Estados Unidos).
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