Data: 07/12/2012
Veículo: Você RH
Por Alfredo Bottone
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Como promover a felicidade no trabalho num ambiente cada vez mais estressante, com metas ousadas, restrições orçamentárias e exigência de alta performance? Por mais difícil que possa parecer, é possível sim aliar produtividade e felicidade. Se o ambiente tem fatores que cativam o colaborador, a motivação para o trabalho e no trabalho estará presente, e a energia será canalizada para se produzir mais e melhor. Investir apenas na remuneração do funcionário, por certo, deixou de ser uma fórmula de sucesso.
Metas ousadas devem significar desafios provocativos e positivos, através dos quais o empregado, ao mesmo tempo em que produz riqueza para a corporação, tem a percepção clara de que, no fim do processo, obteve ganhos tangíveis (carreira, novos desafios, remuneração variável) e intangíveis (reconhecimento não material, auto realização, etc.).
O gestor de pessoas deve ter sempre em mente que as pessoas passam grande parte do tempo no trabalho, e querem que esse lugar seja agradável, prazeroso e provedor de realizações pessoais e profissionais. O nosso resultado, enquanto “pessoa”, depende diretamente dessa experiência diária da rotina corporativa.
Produzir o máximo possível é desejável, mas perder a saúde e a qualidade de vida dos recursos humanos das companhias, é uma fórmula perigosa. Buscar resultados sem levar esse risco em conta é um caminho árduo. O elevado nível de competição não concederá trégua para essa busca incessante de se produzir mais com menos. Porém, essa trilha deve levar em conta o alinhamento das expectativas de todos os agentes: acionistas, dirigentes, gestores e colaboradores.
Cabe ao RH equilibrar e convergir os planos e propósitos de todos em uma só direção. E, para isso, as políticas e práticas devem criar um ambiente de forte estímulo à cooperação, à respeitabilidade, ao desenvolvimento e, enfim, à produtividade com ética. Nesse contexto movediço, a busca por lideranças bem preparadas para gerir pessoas é um fator crítico de sucesso no desafio de se obter performance de forma consistente e sustentável.
Pressão por produção não significa necessariamente estresse. Num ambiente altamente positivo, esse mal pode ser revertido em alta adrenalina, gerando sentimento de prazer e felicidade quando os resultados são alcançados ou superados. Nesse cenário, mais do que nunca, deve-se privilegiar a aprendizagem contínua e com qualidade.
A felicidade não é um objetivo, e sim uma é consequência do bom funcionamento das ideias acima descritas. É função do RH elaborar e coordenar estes fatores. Sem desconsiderar que causas externas podem influenciar a atuação do profissional, vale lembrar que as pessoas estarão mais preparadas para lidar com qualquer desafio num ambiente de colaboração, aprendizado e respeito.
Uma empresa feliz também é composta por orçamentos apertados, custos controlados e profissionais desligados — quando se faz necessário. A felicidade não é compatível com a permissividade e ausência de disciplina. Ela é aderente ao equilíbrio e desenvolvimento pleno das potencialidades de uma pessoa.