Em um cenário corporativo cada vez mais dinâmico e desafiador, a excelência empresarial depende diretamente da capacidade das lideranças em inspirar, inovar e tomar decisões assertivas que assegurem o futuro da organização. 

Não basta mais gerenciar recursos e supervisionar equipes; é preciso que os líderes sejam catalisadores de transformações, guiando suas empresas com foco em resultados sustentáveis e na criação de valor a longo prazo.

Um ponto essencial é o alinhamento da liderança empresarial com os pilares de ESG (Ambiental, Social e Governança), uma área que exige mais do que conformidade: exige uma mentalidade de inovação e responsabilidade. Líderes que priorizam práticas sustentáveis, seja na redução de impactos ambientais, seja na promoção de um ambiente de trabalho inclusivo, contribuem para um crescimento mais equilibrado e resiliente.

Além disso, a capacidade de navegar pelas águas da inovação tecnológica é muito relevante. Implementar soluções digitais não é mais uma vantagem competitiva, mas uma necessidade. 

A liderança empresarial deve estar antenada às possibilidades que inteligência artificial, automação e big data oferecem, aproveitando essas ferramentas para aumentar a eficiência e mitigar riscos, especialmente no que diz respeito à governança de dados e proteção da privacidade.

No entanto, para alcançar essa excelência, o autodesenvolvimento da  liderança empresarial é imperativo. Um líder que deseja impulsionar sua empresa ao topo deve, antes de mais nada, investir no próprio crescimento contínuo.

Isso significa buscar conhecimento sobre tendências globais, novas metodologias de gestão e, sobretudo, desenvolver competências comportamentais. Aspectos como inteligência emocional, capacidade de feedback eficaz e a habilidade de tomar decisões éticas em momentos críticos são diferenciais para uma liderança transformadora.

Como buscar esse autodesenvolvimento?

• Educação contínua: Participar de cursos, workshops e programas de mentoria, focados em governança corporativa, gestão de riscos e inovação. Ferramentas como MBAs executivos ou formações especializadas podem ser diferenciais para aprimorar a visão estratégica.
• Networking e benchmarking: Trocar experiências com outros líderes de mercado, seja em fóruns, conferências ou associações, traz insights valiosos sobre como outras empresas estão superando desafios semelhantes.
• Feedback e autoconhecimento: Pedir e receber feedback de pares e equipes é uma das formas mais eficazes de identificar áreas de melhoria. O coaching executivo também pode ajudar a desenvolver uma visão mais clara sobre pontos fortes e fracos e como transformá-los em alavancas de crescimento.
• Foco no desenvolvimento de soft skills: Competências como comunicação clara, empatia, escuta ativa e capacidade de resolver conflitos são cada vez mais valorizadas. A habilidade de liderar com inteligência emocional é fundamental para garantir um ambiente colaborativo e produtivo.

Além disso, a liderança empresarial precisa incentivar uma cultura de desenvolvimento contínuo dentro da organização, criando programas de capacitação para os colaboradores e para si, promovendo o aprendizado contínuo e garantindo que todos tenham as ferramentas e o suporte necessário para se adaptarem às novas realidades do mercado. 

A excelência empresarial é alcançada quando a liderança equilibra a busca por resultados com a responsabilidade social e o cuidado com as pessoas. Empresas que possuem líderes dedicados ao autodesenvolvimento, que promovem uma cultura de inovação, inclusão e responsabilidade estão mais preparadas para enfrentar os desafios do futuro e garantir sua longevidade no mercado.

Alfredo Bottone é Matemático, Advogado, Professor em MBA de Governança Corporativa e do Curso de Formação de Conselheiros Consultivos, Consultor de RH Estratégico, Ética Empresarial, Relações Trabalhistas e em Desenvolvimento de Lideranças e de Profissionais de RH. É Ph.D., Philosophy in Business Administration (USA). É autor de livros, entre eles  “Insights de um RH Estratégico” e “Os desafios legais e de gestão do teletrabalho, home office e regime híbrido”, além de vários artigos.  É membro da Board Academy no Brasil e associado do SHRM (Society for Human Resources Management) nos Estados Unidos.