O que é demissão silenciosa e como identificar os seus sinais?

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O que é demissão silenciosa e como identificar os seus sinais?

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A demissão silenciosa, também chamada de quiet quitting, já é uma realidade entre os trabalhadores brasileiros.

Dados divulgados pela Forbes afirmam que, no Brasil, o movimento já é praticado por 12% dos funcionários das empresas, criando uma tendência que só cresce.

A prática surge em um cenário de valorização do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, substituindo a velha compreensão que reinava entre os colaboradores, de que era preciso sempre ir além do esperado.

E como isso afeta as empresas? Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura e entenda melhor o que é a demissão silenciosa!

O que é demissão silenciosa? 

O movimento originalmente chamado de quiet quitting, traduzido como demissão silenciosa, não é bem o que parece a partir do seu nome.

Não se trata de buscar uma demissão, mas sim de estabelecer limites no dia a dia profissional, buscando uma rotina mais equilibrada entre as atividades de trabalho e a vida pessoal.

A prática, em si, consiste em cumprir as obrigações enquanto colaborador, mas não ir além delas, evitando longas jornadas de trabalho e uma sobrecarga de tarefas.

Então, com o lema “trabalhar para viver e não viver para trabalhar”, os adeptos do movimento continuam cumprindo as responsabilidades necessárias dentro da descrição de suas funções, mas não se esforçam para ir além delas e atingir um desempenho extraordinário.

Como descobrir se você precisa aderir ao quiet quitting?

O movimento da demissão silenciosa já se espalhou pelo mundo e conta com alguns representantes, especialmente nas redes sociais, como mostra um artigo da BBC sobre o assunto.

Zaid Khan é um dos responsáveis pelo surgimento desse conceito, tendo postado em seu perfil no TikTok um vídeo em que define a prática como uma postura que surge “quando você não está saindo deliberadamente do seu emprego, mas está abandonando a ideia de ir além das expectativas”.

Já o influenciador Hunter Ka’imi afirma: “não vou trabalhar em uma semana de 60 horas e me esforçar sozinho por um emprego que não cuida de mim como pessoa”.

Ou seja, a demissão silenciosa surge nesse contexto de uma alta desmotivação por parte dos colaboradores, que já não se sentem como parte integrante das organizações. 

Nesse cenário, os funcionários deixam de ver propósito em uma alta dedicação às suas atividades de trabalho, uma vez que não identificam um retorno por parte da própria empresa.

É aí que aparece com mais evidência a busca por uma rotina de trabalho equilibrada, na qual as pessoas não precisem sacrificar outras áreas de suas vidas.

Jornadas de trabalho muito longas, sobrecarga de atividades e pouca valorização por parte da organização são sinais de que é preciso começar a estabelecer limites.

A demissão silenciosa é o futuro das relações de trabalho? 

Se as pessoas estão mais propensas a procurar esse equilíbrio entre vida pessoal e profissional, é preciso que as empresas se adaptem a esse cenário.

Assim, o futuro das relações de trabalho parece estar fadado a algumas mudanças, especialmente por parte das lideranças.

Respeitar os limites dos colaboradores, investir em uma gestão humanizada e buscar medidas capazes de gerar um vínculo entre colaborador e empresa são algumas prioridades para evitar que as pessoas caiam em atitudes como a admissão silenciosa.

Para melhorar essas questões, adaptar-se a esse novo cenário e garantir a adesão da sua equipe às atividades da organização, conte com a expertise de Alfredo Bottone em relações trabalhistas!


Alfredo Bottone é Matemático, Advogado, Professor em MBA de Governança Corporativa e do Curso de Formação de Conselheiros Consultivos, Consultor de RH Estratégico, Ética Empresarial, Relações Trabalhistas e em Desenvolvimento de Lideranças e de Profissionais de RH. É Ph.D., Philosophy in Business Administration (USA). É autor de livros, entre eles “Insights de um RH Estratégico” e “Os desafios legais e de gestão do teletrabalho, home office e regime híbrido”, além de vários artigos. É membro da Board Academy no Brasil e associado do SHRM (Society for Human Resources Management) nos Estados Unidos.