O desengajamento da Geração Z no ambiente de trabalho tornou-se um tópico de interesse crescente para líderes empresariais, educadores e formuladores de políticas.
Este fenômeno levanta uma questão crítica: Estamos diante de um problema intrínseco a uma geração ou de uma liderança não preparada para enfrentar os desafios únicos apresentados por estes novos integrantes do mercado de trabalho? Saiba mais ao longo do artigo!
Mais do que um dilema geracional, enfrentamos um imperativo de adaptabilidade e compreensão por parte dos líderes atuais. Nascidos entre meados da década de 1990 e início dos anos 2000, essa geração Z cresceu em um mundo digital, altamente conectado e com acesso ilimitado a informações. Suas expectativas, tanto de vida quanto profissionais, são marcadas por valores como diversidade, inclusão, sustentabilidade e bem-estar mental.
Ademais, valorizam a flexibilidade, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e buscam propósito e impacto em suas atividades laborais. Diante dessas características, é possível argumentar que parte do desengajamento observado pode ser atribuído a uma desconexão entre as expectativas dessa geração e as práticas e culturas organizacionais estabelecidas. Muitas empresas ainda operam sob paradigmas tradicionais, que priorizam a hierarquia, o tempo presencial no escritório e metas de curto prazo, sem necessariamente oferecer um senso de propósito mais amplo ou oportunidades para desenvolvimento pessoal e profissional alinhadas aos interesses da Geração Z.
Nesse contexto, emerge a questão da liderança. O desafio não está na intransigência ou incapacidade inerente de uma geração, mas na habilidade dos líderes em reconhecer, adaptar-se e responder às novas demandas e expectativas.
Lideranças preparadas para o futuro são aquelas que conseguem transcender as práticas convencionais, promovendo ambientes de trabalho mais flexíveis, inclusivos e sustentáveis. Isso implica não apenas em ajustes estruturais, como a adoção de trabalho remoto ou híbrido, mas também em uma mudança cultural que valorize o diálogo, a transparência e a
colaboração.
O desengajamento da Geração Z, portanto, serve como um sinal de alerta para a necessidade de uma liderança mais dinâmica, empática e inovadora. Esta não é uma questão de culpar uma geração por suas peculiaridades, mas de reconhecer a oportunidade de evolução que ela apresenta.