A Importância do Conselho para Estratégias de Gestão de Talentos

A Importância do Conselho na Implementação de uma Estratégia de Gestão de Talentos

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A Importância do Conselho na Implementação de uma Estratégia de Gestão de Talentos

membros do conselho consultivo conversando

Em um mundo empresarial em constante mutação, onde a inovação e o desenvolvimento de negócios são essenciais para o sucesso, os Conselhos assumem um papel cada vez mais crucial na formulação e implementação de uma estratégia de gestão de talentos eficaz.

Talentos são a espinha dorsal de qualquer organização próspera. São eles que impulsionam a criatividade, resolvem problemas de forma inovadora e impulsionam o crescimento sustentável. No entanto, atrair, desenvolver e reter esses indivíduos excepcionais exige uma abordagem estratégica e deliberada, e é aí que os Conselhos entram em cena.

Conforme destacado no relatório da Gartner sobre estratégias de talentos para 2024 e 2025, a escassez de habilidades foi identificada pelos Conselhos como o principal risco ao crescimento organizacional. Este desafio coloca a gestão estratégica de talentos como uma prioridade absoluta para os líderes de RH, que são encarregados de fechar as lacunas de competências críticas e garantir uma resposta ágil às novas oportunidades e desafios que surgem.

O Conselho como Força Motriz da Gestão de Talentos

O Conselho, composto por pessoas experientes e com visão de futuro, está em uma posição única para fornecer orientação e liderança na área de gestão de talentos. Ao assumir um papel ativo na formulação e implementação de uma estratégia de gestão de talentos, o Conselho pode garantir que os recursos humanos da organização estejam alinhados com seus objetivos estratégicos de longo prazo. Esse tema deve fazer parte permanente da agenda do Conselho.

Benefícios de uma Estratégia de Gestão de Talentos Liderada pelo Conselho

Uma estratégia de gestão de talentos bem definida, impulsionada pelo Conselho, oferece uma gama de benefícios tangíveis para a organização, incluindo:

  • Maior Retenção de Talentos: Ao investir no desenvolvimento e bem-estar dos funcionários, as empresas podem reduzir o turnover e reter seus melhores talentos. Isso se traduz em custos mais baixos de recrutamento e treinamento, além de uma força de trabalho mais engajada e produtiva, assegurando a continuidade dos projetos de desenvolvimento da organização.
  • Melhoria na Inovação: O investimento em talentos não apenas preenche muitas das lacunas existentes, mas também impulsiona a inovação. Com equipes altamente qualificadas e adaptáveis, as empresas estão melhor equipadas para desenvolver novas soluções e melhorar seus processos e produtos, mantendo-se à frente da concorrência. Esta abordagem proativa na gestão de talentos é diretamente influenciada pela visão e pelo comprometimento dos conselhos em promover ambientes de trabalho que valorizam o crescimento contínuo e o desenvolvimento das habilidades.
  • Aumento da Competitividade: Em um mercado global competitivo, as empresas que possuem os melhores talentos estão mais bem posicionadas para superar seus concorrentes. Uma estratégia de gestão de talentos eficaz pode dar à organização uma vantagem competitiva significativa. Fazer diferente e melhor depende de “pessoas” altamente qualificadas tecnicamente e com soft skills elevados.
  • Sucessão de Liderança Garantida: Uma estratégia de gestão de talentos abrangente deve incluir um plano de sucessão de liderança bem definido. Isso garante que a organização tenha os líderes certos no lugar certo, no momento certo, para garantir um futuro próspero. Isso não significa que algumas vezes, por falta de alguém com a competência para um determinado cargo ou por uma posição estratégica, que se contrate alguém do mercado, mas, como regra, a empresa deve estar preparada para a sucessão dos cargos de liderança, tendo identificados pelo menos dois profissionais para cada posição, sendo um para curto prazo.

O Papel do Conselho na Implementação da Estratégia

O Conselho pode desempenhar um papel fundamental e eficaz na implementação de uma estratégia de gestão de talentos, posicionando-se da seguinte maneira:

  • Fornecer Diretrizes Estratégicas: O Conselho deve definir a visão geral da estratégia de gestão de talentos e garantir que ela esteja alinhada com os objetivos estratégicos mais amplos da organização. Deve ser identificada a demanda por habilidades que a organização não pode prescindir dentro de seu plano estratégico, permitindo maior flexibilidade e capacidade de resposta ao mercado.
  • Supervisionar o Progresso: O Conselho deve monitorar regularmente o progresso da implementação da estratégia e fazer ajustes conforme necessário A área de Recursos Humanos deve coordenar a execução do programa, com o apoio e interação da Diretoria Executiva.
  • Alocar Recursos: O Conselho deve garantir que os recursos adequados sejam alocados para iniciativas de gestão de talentos. Esses profissionais, independentemente de sua alocação na estrutura organizacional, devem ter mobilidade suficiente para atender demandas transitórias ou não que demandem profissionais com esses perfis diferenciados.
  • Prestar Contas: A área de Recursos Humanos, juntamente com a Diretoria Executiva da empresa, deve prestar contas ao Conselho sobre o cumprimento das diretrizes e resultados obtidos na gestão de talentos.

Conclusão

Portanto, é imperativo que os conselhos de administração ou consultivos compreendam seu papel vital na estratégia de talentos das organizações. Ao priorizar e apoiar iniciativas de gestão de talentos, os conselhos não apenas mitigam riscos significativos, mas também potencializam o capital humano como um motor de crescimento e inovação. A era atual, marcada por rápidas transformações e intensa competição por talentos qualificados, exige uma abordagem mais integrada e estratégica que coloque os talentos no centro das decisões empresariais.

Alfredo Bottone é Matemático, Advogado, Professor em MBA de Governança Corporativa e do Curso de Formação de Conselheiros Consultivos, Consultor de RH Estratégico, Ética Empresarial, Relações Trabalhistas e em Desenvolvimento de Lideranças e de Profissionais de RH. É Ph.D., Philosophy in Business Administration (USA). É autor de livros, entre eles “Insights de um RH Estratégico” e “Os desafios legais e de gestão do teletrabalho, home office e regime híbrido”, além de vários artigos. É membro da Board Academy no Brasil e associado do SHRM (Society for Human Resources Management) nos Estados Unidos.