Neste período de pandemia, muitas empresas estão demitindo seus funcionários com a intenção de diminuir despesas. Mas, como demitir um funcionário em tempos de coronavírus?
Afinal, uma demissão exige assinatura de documentos, entrevista de desligamento e demais protocolos que variam de acordo com cada tipo de empresa.
Além disso, no cenário atual em que estamos vivendo, estão sendo comuns os casos de demissões em massa, fator que, nos métodos tradicionais, ocasionaria uma aglomeração de pessoas nas empresas.
Em consequência disso, visando evitar tais aglomerações, os procedimentos de desligamento de colaboradores estão sendo diferentes durante essa pandemia. Algumas empresas, inclusive, estão realizando demissões via ligações telefônicas, mensagens por WhatsApp, e-mail ou ferramentas de videochamadas.
Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto!
Demitir um funcionário de forma virtual pode parecer fácil, porém, é uma demanda que exige muito cuidado, ética e profissionalismo.
A demissão é uma notícia que afeta não só o lado profissional como também o pessoal de um empregado. É um ciclo que se encerra tanto para quem está sendo desligado da empresa, quanto para aqueles que irão permanecer no quadro de funcionários.
Sendo assim, é importante que a equipe de recursos humanos realize um desligamento virtual que não seja impessoal, evitando reuniões coletivas por videochamada, mensagens em grupos do WhatsApp ou e-mails genéricos.
Nas demissões remotas, é importante explicar o motivo da saída do profissional da empresa, salientar a contribuição que teve dentro da instituição durante sua carreira, explicando claramente os procedimentos médicos e administrativos de rescisão que, posteriormente, deverão ser feitos em instituições bancárias e sindicatos.
Mais importante de tudo, é que o empregado tenha claro que a demissão não está ocorrendo por motivo de desempenho ou outro qualquer por ele causado, mas pelas circunstâncias que o coronavírus trouxe para todos e as empresas estão nesse contexto.
Antes de demissões, é importante que a empresa tenha feito um esforço para redução de outros custos, bem como postergado as mesmas com medidas previstas em lei, tais como concessão de férias individuais, antecipação de férias coletivas, redução de jornada de trabalho, etc.
Quem fica, precisa perceber que a empresa está empenhada em reter a mão de obra até onde for possível, mas que, logicamente, também tem um limite.
Em caso de necessidade de encontro presencial, a empresa deve agendar individualmente uma conversa com o profissional, envolvendo o mínimo de pessoas possíveis e seguir as regras de prevenção contra o vírus, usando máscara, álcool em gel e mantendo distanciamento.
É importante que a empresa tenha cuidados com a prevenção do coronavírus, porém é relevante também que ela se preocupe em como demitir um funcionário sem prejudicar o seu lado psicológico e o clima organizacional do restante da empresa que permanecerá na ativa.
A crise de coronavírus está impactando a vida de todos. A dica é encarar o momento como uma oportunidade de se reinventar e não deixar de buscar conhecimento e aprimoramento. Isso vale tanto para quem for desligado como para quem permanecer em seus cargos e empresas!
Alfredo Bottone é consultor de RH Estratégico, Direito do Trabalho e Ética Empresarial! Formado em Matemática, Direito e Phd em Business, pela Flórida Christian University (Estados Unidos). Leia mais artigos sobre Consultoria de Recursos Humanos no blog e fique por dentro das novidades da área!