Apesar dos avanços em relação à igualdade de gênero, ainda são vários os desafios da mulher no mercado de trabalho.
Já no início do século XIX, movimentos de operárias dos Estados Unidos reivindicavam melhores condições de trabalho.
O decorrer da história trouxe consigo a conquista de diversos direitos, mas ainda existem algumas dificuldades que fazem parte do cotidiano de colaboradoras e gestoras em diversos segmentos do mercado.
Para saber mais sobre os desafios da mulher no mercado de trabalho e entender os avanços até o momento, continue a leitura!
Os desafios da mulher no mercado de trabalho atual já são bem distintos daqueles enfrentados em outras décadas.
Embora essa parcela da população já tenha conquistado diversos direitos e, atualmente, possa ocupar diferentes posições nos mais diversos segmentos, ainda há uma série de questões a serem solucionadas.
Além de incluírem colaboradoras em suas equipes, é preciso que empresas e instituições estejam atentas às posições ocupadas por elas.
Uma pesquisa conduzida pela Grant Thornton em 2022 apontou que as mulheres ocupam cerca de 38% dos cargos de liderança no país, enquanto que em 2019 o percentual era de apenas 25%.
Dados como esse mostram que o mercado parece estar caminhando na direção de um cenário menos desigual, principalmente por conta da relevância que a pauta da equidade de gênero tem adquirido em diversos espaços nos últimos anos.
No entanto, engana-se quem pensa que esse é um quadro simples e próximo de ser solucionado, já que ainda são muito numerosos os desafios da mulher no mercado de trabalho.
Afinal, que tipo de situação as mulheres vivenciam no mercado de trabalho?
Uma pesquisa conduzida pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) apontou que três em cada quatro trabalhadoras já sofreram assédio no local em que atuam.
Esse é um problema enfrentado diariamente pelo público feminino e uma pauta recorrente, já que afeta a vida profissional e pessoal de todas as mulheres.
A remuneração também entra na lista de desafios da mulher no mercado de trabalho, considerando que pesquisas baseadas em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontam que a população feminina ganha cerca de 20% menos do que os homens no Brasil.
A diferença salarial entre os gêneros se mantém nesse percentual mesmo ao comparar trabalhadores do mesmo perfil de escolaridade e idade, na mesma categoria de ocupação.
Por fim, também é importante notar que a população feminina não é homogênea e há ainda outras questões a serem consideradas.
Um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indica que as mulheres negras são as mais prejudicadas no mercado de trabalho, liderando os índices de desemprego no Brasil.
A própria gestão da empresa e os processos desempenhados em uma organização podem contribuir para tornar o mercado de trabalho menos desigual entre os gêneros.
Aplicar uma gestão humanizada, por exemplo, é um passo importante para identificar problemas causados pela desigualdade de gênero em um ambiente de trabalho.
Além disso, para as empresas que querem contribuir com um meio corporativo mais inclusivo, é essencial abrir espaço para a presença de mais mulheres em suas organizações, dando mais oportunidade e voz para o público feminino ocupar diferentes – e importantes – cargos.
Todos estes movimentos para garantir mais espaço feminino no mercado de trabalho devem ser uma prática recorrente da empresa, e não somente restrita ao Dia Internacional da Mulher.
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Alfredo Bottone é Matemático, Advogado, Professor em MBA de Governança Corporativa e em Curso de Formação de Conselheiros, Consultor de RH Estratégico, Ética Empresarial, Relações Trabalhistas e em Desenvolvimento de Lideranças e de Profissionais de RH. É Ph.D., Philosophy in Business Administration (USA). É autor do livro “Insights de um RH Estratégico”, “Os desafios legais e de gestão do teletrabalho, home office e regime híbrido”, além de e-books e artigos na área trabalhista, gestão de pessoas e governança corporativa. É membro da Board Academy no Brasil e associado do SHRM (Society for Human Resources Management) nos Estados Unidos.