No universo corporativo, a adoção de práticas de gestão humanizada tem ganhado destaque, buscando conciliar o desenvolvimento profissional com o bem-estar dos colaboradores.
No entanto, é fundamental esclarecer que a humanização não deve ser confundida com tolerância à baixa produtividade e falta de ética. Como bem disse Jordan Peterson, “If you really love someone, you can’t tolerate when they are less than they could be” (Se você realmente ama alguém, você não pode tolerar quando essa pessoa é menos do que poderia ser). Isso se aplica igualmente ao ambiente de trabalho, onde o cuidado com os colaboradores não implica aceitar a mediocridade.
Continue a leitura para entender mais sobre a importância de uma gestão humanizada. Confira!
A gestão humanizada preza pelo crescimento pessoal e profissional de cada membro da equipe, reconhecendo seus potenciais e oferecendo suporte para alcançar o máximo desempenho.
Nesse contexto, feedback, orientação e treinamento desempenham papéis cruciais. Afinal, a busca pela excelência é uma via de mão dupla: a empresa fornece as ferramentas necessárias, e os colaboradores assumem a responsabilidade de desenvolver suas habilidades.
Entretanto, é imperativo estabelecer limites. Aqueles que, mesmo após treinamento e orientação, negligenciam suas responsabilidades ou demonstram desinteresse em contribuir para o sucesso coletivo não podem permanecer intocados.
A gestão humanizada não é conivente com a alienação ou a falta de comprometimento. A efetividade da equipe é construída sobre alicerces sólidos de esforço mútuo.
Quando a questão envolve falta de ética, a tolerância deve ser zero. A integridade é um pilar essencial para a construção de um ambiente de trabalho saudável e sustentável.
É papel da gestão reforçar os valores éticos da empresa, deixando claro que comportamentos antiéticos não serão tolerados em hipótese alguma. Isso não apenas preserva a integridade da organização, mas também estabelece um padrão ético a ser seguido por todos.
A humanização da gestão não é apenas uma abordagem, mas sim um compromisso constante. Ela inclui respeito, sensibilidade, reconhecimento, diálogo permanente e o fomento do sentimento de pertencimento. Esses elementos são fundamentais para construir uma cultura organizacional que promova o engajamento e estimule o desenvolvimento individual e coletivo.
Quando bem aplicada, a gestão humanizada não apenas cria um ambiente propício para o florescimento profissional, mas também impulsiona a empresa a atingir níveis mais elevados de desempenho. O respeito e a valorização dos colaboradores são o combustível que alimenta a máquina de alta performance.
Portanto, a gestão humanizada é um investimento estratégico que, quando aliado à firmeza nas questões de produtividade e ética, conduz a empresa a um patamar de excelência.
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Alfredo Bottone é Matemático, Advogado, Professor em MBA de Governança Corporativa e do Curso de Formação de Conselheiros Consultivos, Consultor de RH Estratégico, Ética Empresarial, Relações Trabalhistas e em Desenvolvimento de Lideranças e de Profissionais de RH. É Ph.D., Philosophy in Business Administration (USA). É autor de livros, entre eles “Insights de um RH Estratégico” e “Os desafios legais e de gestão do teletrabalho, home office e regime híbrido”, além de vários artigos. É membro da Board Academy no Brasil e associado do SHRM (Society for Human Resources Management) nos Estados Unidos