A semana com 4 dias de trabalho é uma proposta que ganhou muitos trabalhadores, mas ainda gera receio entre as empresas.
No Brasil, as primeiras tentativas de adotar esse modelo já começaram a ser feitas, mas ainda a passos lentos, enquanto outros países já investiram um pouco mais nessa rotina de trabalho.
Assim, já é possível começar a perceber os resultados dessas experiências e compreender se vale a pena investir nesse modelo.
Para saber mais sobre a semana com 4 dias de trabalho e os resultados obtidos pelas empresas que adotaram essa ideia, continue a leitura abaixo!
Nos últimos anos, a saúde mental tem sido o centro de muitas discussões, incluindo aquelas que envolvem produtividade e a formação de equipes de alta performance.
Assim, a semana com 4 dias de trabalho é uma das sugestões para que os colaboradores da empresa tenham mais qualidade de vida, tempo de descanso e, consequentemente, capacidade de focar em suas atividades e demandas.
Os métodos adotados variam bastante. Enquanto alguns empreendimentos preferem não trabalhar na quarta-feira, outros contam com uma parte da equipe que trabalha de segunda a quinta-feira, enquanto outra parte atua de terça a sexta-feira, o que permite que o negócio continue funcionando ao longo desses 5 dias.
Com diferentes possibilidades, trata-se de uma iniciativa adotada por diversas organizações ao redor do mundo, incluindo grandes corporações como a Microsoft, que obteve um aumento de 40% da produtividade das equipes após a mudança.
Em países como Islândia, Dinamarca e Reino Unido, a semana com 4 dias de trabalho também tem ganhado espaço nas empresas.
No Brasil, a Zee.Dog, startup de produtos para animais de estimação, é um dos primeiros empreendimentos a adotar esse modelo.
Conforme cresce o número de empresas que adotam a semana com 4 dias de trabalho, fica mais fácil identificar quais são as vantagens que esse modelo pode trazer para a empresa.
Confira abaixo alguns dos benefícios dessa mudança:
A saúde mental dos colaboradores foi um dos fatores que contribuíram com a criação dessa iniciativa.
Considerando a redução da carga horária de trabalho, as pessoas passam a ter mais tempo para cuidar de si, o que tem grande importância em tempos de burnout e transtornos como ansiedade e depressão.
Esse modelo de trabalho também pode trazer benefícios para as finanças da sua empresa.
Mesmo que o salário dos colaboradores permaneça o mesmo, será possível economizar em vale-transporte e vale-refeição, assim como nas despesas do espaço físico da organização, como contas de luz e água.
Uma pesquisa realizada em 2018 apontou que, para 64% dos profissionais no mercado de trabalho, a qualidade de vida é uma prioridade na hora de escolher permanecer em um emprego.
Ou seja, pensar nesse aspecto significa aumentar a atratividade da sua empresa, reter os talentos que já fazem parte da equipe e diminuir a rotatividade.
Na prática, isso gera o aumento da produtividade, melhorando o desempenho da empresa como um todo.
Agora que você já sabe tudo sobre a semana com 4 dias de trabalho, continue por aqui e entenda também o que é grumpy staying!
Alfredo Bottone é Matemático, Advogado, Professor em MBA de Governança Corporativa e do Curso de Formação de Conselheiros Consultivos da Board Academy, Consultor de RH Estratégico, Ética Empresarial, Relações Trabalhistas e em Desenvolvimento de Lideranças e de Profissionais de RH. É Ph.D., Philosophy in Business Administration (USA). É autor de livros, entre eles “Insights de um RH Estratégico” e “Os desafios legais e de gestão do teletrabalho, home office e regime híbrido”, além de vários artigos. É membro da Board Academy no Brasil e associado do SHRM (Society for Human Resources Management) nos Estados Unidos.