Quem tem Medo da Inteligência Artificial? Saiba Tudo Sobre

Quem tem medo da inteligência artificial?

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Quem tem medo da inteligência artificial?

Elaboração e/ou revisão e implantação de políticas de RH, impulsionando a atuação estratégica do órgão para ser um diferencial competitivo no mercado de trabalho e nos negócios da companhia.

Não há dúvidas sobre a grande relevância da Inteligência Artificial (IA) para a humanidade, tendo como alguns dos pontos destacáveis: automatização da aprendizagem repetitiva e a descoberta a partir dos dados; adiciona inteligência a produtos existentes; adapta-se através de algoritmos de aprendizagem progressiva para deixar que os dados façam a programação; analisa mais dados e em maior profundidade usando redes neurais que possuem camadas escondidas; atinge uma alta precisão de redes neurais profundas; obtém o máximo de dados e estes são potencializados através dos algoritmos. 

Já está comprovado que a Inteligência Artificial possui várias capacidades e vantagens em relação à inteligência humana, mas será que a inteligência humana perderá sua soberania? Certamente que não.

A inteligência artificial é criação da inteligência humana e esta última continuará dominando e liderando os destinos dos demais seres no Planeta Terra. Contudo, para melhor clareza dessa assertiva, façamos algumas comparações entre a inteligência artificial e a inteligência humana, principalmente, destacando as limitações comparativamente entre a artificial e a humana:

  • Consciência e compreensão do mundo: A IA atualmente carece de verdadeira consciência e compreensão do mundo. Embora possa executar tarefas específicas com precisão, não tem uma compreensão profunda do contexto geral ou da experiência subjetiva que os humanos têm. A inteligência humana é biológica e a artificial é sintética. 
  • Empatia e inteligência emocional: A IA não possui emoções nem empatia. Embora possa ser programada para reconhecer e responder a emoções humanas, essa resposta é baseada em algoritmos e não em uma compreensão genuína das emoções. 
  • Criatividade e pensamento abstrato: A capacidade de pensar de forma criativa e realizar pensamento abstrato ainda é um desafio para a IA. Embora a IA possa ser usada para gerar conteúdo criativo, como música ou arte, ela não possui uma verdadeira compreensão do significado por trás dessas criações. Elas são fruto de uma automaticidade.
  • Adaptação a novas situações e flexibilidade: A IA é geralmente especializada em tarefas específicas para as quais foi treinada. Quando confrontada com uma situação fora de sua experiência, a IA pode não ser capaz de se adaptar ou aprender rapidamente como os seres humanos. Estes têm a capacidade de ser discricionários frente a cada situação, sem “empacotar”, soluções iguais para casos diferentes, mesmo que parecidos.
  • Senso comum: Os seres humanos têm um amplo conhecimento do senso comum, adquirido através da experiência e da interação com o mundo. A IA não possui esse tipo de conhecimento prévio e precisa ser alimentada com enormes quantidades de dados para executar tarefas específicas. 
  • Ética e julgamento moral: A IA carece de um senso ético ou moral intrínseco. Embora possa seguir regras predefinidas ou aprender com dados fornecidos, ela não possui uma compreensão inata de valores morais e pode agir de maneira objetiva ou mesmo prejudicial, se não for devidamente supervisionada.
  • Integração mente-corpo: A IA é uma entidade digital, enquanto os seres humanos têm uma integração complexa entre a mente e o corpo. Isso permite que os humanos interajam fisicamente com o mundo de maneiras que atualmente estão fora do alcance da IA.
  • Autoconsciência e autorreflexão: A capacidade de os seres humanos serem conscientes de si mesmos, de suas ações e de refletir sobre suas próprias experiências é uma característica fundamental da inteligência humana, mas que ainda não foi alcançada na IA.
  • Compreensão de linguagem e contexto: Embora a IA tenha melhorado muito em compreender a linguagem natural, ainda pode enfrentar desafios ao lidar com ambiguidade e nuances contextuais presentes em conversas humanas cotidianas.
  • Intuição e instinto: Os humanos têm a capacidade de tomar decisões com base em intuição e instinto, que são processos complexos e subconscientes que ainda não foram completamente compreendidos nem replicados na IA.

Apesar dessas limitações, a IA tem mostrado avanços notáveis e tem o potencial de continuar a evoluir e desempenhar um papel significativo em várias áreas da sociedade. A IA é sintética, ou seja, foi criada por outros meios que não a reprodução, não aprendendo sozinha, pois os dados que acessa são provenientes da criação dos seres humanos.

A pesquisa e o desenvolvimento em IA estão em curso, com cientistas e engenheiros buscando superar esses desafios para construir sistemas mais avançados e com capacidades cada vez mais sofisticadas. Contudo, por ser a IA baseada em um software rodando em um sistema operacional, é improvável que venha a quebrar a barreira genômica para se tornar dominante sobre a espécie humana.

O fato é que essa nova revolução será como um tsunami, cabendo estarmos muito atentos e conectados com tudo que possa nos afetar na vida profissional e pessoal. Não seremos dominados pela IA, mas por quem tiver maior capacidade de uso da mesma, se ficarmos à margem dessa evolução e não aprendermos o que nos cabe. 

No todo, podemos concluir que a inteligência humana continuará sempre sendo soberana e o Criador fez do homem o Ser Supremo diante de todas as coisas na Terra e assim continuará. 

Alfredo Bottone é Advogado, Matemático, Professor em MBA de Governança Corporativa e em Curso de Formação de Conselheiros, Consultor de RH Estratégico, Ética Empresarial, Relações Trabalhistas e em Desenvolvimento de Lideranças e de Profissionais de RH. É Ph.D., Philosophy in Business Administration (USA). Foi Diretor em cinco grandes empresas nacionais e internacionais. É autor do livro “Insights de um RH Estratégico”, “Os desafios legais e de gestão do teletrabalho, home office e regime híbrido”, além de e-books e artigos na área trabalhista, gestão de pessoas e governança corporativa. É membro da Board Academy no Brasil e associado do SHRM (Society for Human Resources Management) nos Estados Unidos. 

Revisor da matéria: Anthony Barnhart – sediado em Houston, com mais de 25 anos de experiência internacional em grandes projetos de Sistemas de Informática e Ciber Security.